"Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando..." (Clarice Lispector)
sábado, 30 de maio de 2009
Divã...
É eu sei, um pouco tarde para quem é fã incondicional de Martha Medeiros. Porém tenho uma justificativa bastante coerente e compreensível...
Como eu disse, Martha não é uma escritora qualquer para mim. Seus textos mexem muito comigo, muito mesmo, vocês nem imaginam!
Bem, pelos posts anteriores vocês poderão observar que não andava muito bem, aliás nada bem e sabia que não tinha a menor condição de assistir Divã mal do jeito que estava, certamente eu sairia "pior" e entraria numa bolha de questionamentos sobre "ser/estar" infindável...
Seria o Caos total! Quase um suicído, uma auto destruição mesmo. (risos)
Quando escrevo isso, não é num sentido ruim.
O sentido de ser destrúida por um texto, filme ou qualquer coisa do gênero, é bem mais assustador...
É ter o interior exposto, a "hipocrisia desnudada", é ser desvendado, descoberto...
Enfim, precisava estar preparada psicologicamente para assisti-lo, precisei criar coragem para ir de peito aberto e pronta para as "porradas" que levaria.
Fomos quinta-feira, eu e minha irmã que também é minha parceira na hora das choradeiras com os textos da Martha...
Foi uma experiência incrível! Saímos dali de alma lavada e claro, chorando horrores como sempre acontece ao término dos seus textos...
Não posso deixar de comentar duas partes do filme.
A primeira, é aquela amizade entre a Mônica e a Mercedes. Lindo! Uma amizade como a nossa. Singela e verdadeira! (A Márcia disse que se eu fizer o que a Mônica fez, ela me enfia a porrada e vou para o caixão toda roxa... kkkkkkkkkkkkkkkkk), só para descontrair.
A segunda parte (e por isso a foto deste post), o diálogo final entre Mercedes e Gustavo, onde ela fala sobre o aprendizado dela com a morte de Mônica. O medo de deixar de falar o fundamental, de deixar pendências na vida...
Perfeito demais!!! Uma cena para se aplaudir de pé!(Chego ficar sem fôlego só de pensar nessa parte...)
Gente tenho tanta coisa para comentar sobre o filme...
O que seria a Mercedes feliz cortando o cabelo?
O que seria ela fumando um back?
O que seria ela na "vibe"?
O que seria ela tirando a meia de alta compressão?
O que seria ela deitada no chão deixando a chuva molhar seu corpo ao se "redescobrir" mulher?
O que seria ela andando com aquele vestido vermelho na cena final, poderosa e mais feminina do que nunca?
E para finalizar, o diálogo maduro e sincero entre Mercedes e Gustavo (já comentado acima).
Ela sabia que tinha um grande homem ao seu lado e também sabia que estava abrindo mão de uma "jóia".
Ela precisava falar o fundamental! Foi lá e não teve medo de se expor, falou para ele tudo o que estava sentindo. Mostrou que tinha ciúmes, mostrou que ainda tinha amor, sem vergonha, sem medo de ser julgada pois ela percebeu que não tinha a ver com o outro e sim com ela e que também poderia não ter mais tempo...
NÃO DEIXAR PENDÊNCIAS. Sem dúvida, uma das maiores lições deste filme!
Foi nítido o quanto eles rejuvenesceram, desabrocharam e principalmente amadureceram após a separação.
Eles tiveram coragem de parar na hora exata e não deixar a relação desgastar até chegar num ponto insustentável.
Aliás, definitivamente me convenci, de que amadurecer não tem a ver com a idade...
Uau! É para nos deixar nas nuvens mesmo, que lição!
Essa cena não poderia ser mais perfeita!
Eles se amavam porém não se completavam mais.
Também ficou claro que não é preciso odiar quem dividiu coisas tão profundas com você. Muito pelo contrário!
Por que temos que virar inimigos de quem foi por um período tão precioso nas nossas vidas? Ainda mais no caso deles que tinham construído laços não apenas afetivos, existiam frutos dessa relação, os filhos.
Óbvio que não é isso! Tem que ser muito medíocre para pensar assim não é não?!? (portanto, mais uma lição...eita!)
Bem, voltando ao diálogo, nesse pedaço também podemos observar que além da admiração, existia entre eles o principal, fundamental e cada vez mais escasso nas relações humanas: RESPEITO
RESPEITO!!!
É, tenho andado com a nítida sensação de que essa é uma palavra mais forte do que AMOR, pois a falta dele muda tudo!!!
Sem dúvida alguma eles não estariam sentados civilizadamente numa mesa se não houvesse respeito entre eles, mesmo se houvesse amor...
Sem dúvida no meu caso essa foi a maior lição que pude tirar do filme.
Já para minha irmã, creio que a lição foi poder testificar que é fundamental não sentir mais medo em falar o que é realmente fundamental!
Sim, eles eram de fato um para o outro, como um vestido Armani que ficou pequeno ou maior com o passar dos anos e já não lhes cabia mais tão bem...
Parabéns Lília Cabral! Você está magnífica neste papel... aliás, como sempre né?!
Agora, nesse papel de Mercedes você está simplesmente... EU! risos
Cada vez mais me convenço, de que os escritores, poetas famosos e não famosos e nem por isso menos talentosos, possuem mais do que o dom de brincar com as palavras... Eles são os únicos que possuem o dom de decifrar e "retratar" com exatidão o que vai no nosso interior. Nós até sabemos o que temos aqui dentro de nós, só não sabemos como exteriorizar...
Obrigada Deus por todos os escritores! :)
É, quero ir novamente!
Estou pronta para aprender novas lições e voltar para casa modificada. Para melhor, sem dúvida!!! Vou com aquele vestido vermelho usado só nas ocasiões mais que especiais... :)
Escrevi no meu orkut no dia que cheguei o seguinte:
"Hoje posso afirmar categoricamente que estou enfim "de alta" do meu analista. Totalmente livre das minhas neuroses, dos meus medos e o melhor sem nada pendente...
Só me resta o futuro!" - (por isso postei novamente o texto strip-tease, posso ir onde eu quiser pois não tem nada em mim pendente, nada em mim obscuro, estou completamente "nua" e pronta para ser mais feliz do que nunca!)
Que venha o futuro então!!!!!!!!!!!!!!
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Separação
Strip-Tease...
" Chegou no apartamento dele por volta das seis da tarde e sentia um nervosismo fora do comum. Antes de entrar, pensou mais uma vez no que estava por fazer. Seria sua primeira vez. Já havia roído as unhas de ambas as mãos. Não podia mais voltar atrás. Tocou a campainha e ele, ansioso do outro lado da porta, não levou mais do que dois segundos para atender.
Ele perguntou se ela queria beber alguma coisa, ela não quis. Ele perguntou se ela queria sentar, ela recusou. Ele perguntou o que poderia fazer por ela. A resposta: sem preliminares. Quero que você me escute, simplesmente.
Então ela começou a se despir como nunca havia feito antes.
Primeiro tirou a máscara: "Eu tenho feito de conta que você não me interessa muito, mas não é verdade. Você é a pessoa mais especial que já conheci. Não por ser bonito ou por pensar como eu sobre tantas coisas, mas por algo maior e mais profundo do que aparência e afinidade. Ser correspondida é o que menos me importa no momento: preciso dizer o que sinto".
Então ela desfez-se da arrogância: "Nem sei com que pernas cheguei até sua casa, achei que não teria coragem. Mas agora que estou aqui, preciso que você saiba que cada música que toca é com você que ouço, cada palavra que leio é com você que reparto, cada deslumbramento que tenho é com você que sinto. Você está entranhado no que sou, virou parte da minha história."
Era o pudor sendo desabotoado: "Eu beijo espelhos, abraço almofadas, faço carinho em mim mesma tendo você no pensamento, e mesmo quando as coisas que faço são menos importantes, como ler uma revista ou lavar uma meia, é em sua companhia que estou".
Retirava o medo: "Eu não sou melhor ou pior do que ninguém, sou apenas alguém que está aprendendo a lidar com o amor, sinto que ele existe, sinto que é forte e sinto que é aquilo que todos procuram. Encontrei".
Por fim, a última peça caía, deixando-a nua
"Eu gostaria de viver com você, mas não foi por isso que vim. A intenção é unicamente deixá-lo saber que é amado e deixá-lo pensar a respeito, que amor não é coisa que se retribua de imediato, apenas para ser gentil. Se um dia eu for amada do mesmo modo por você, me avise que eu volto, e a gente recomeça de onde parou, paramos aqui".
E saiu do apartamento sentindo-se mais mulher do que nunca."
Martha Medeiros
Ele perguntou se ela queria beber alguma coisa, ela não quis. Ele perguntou se ela queria sentar, ela recusou. Ele perguntou o que poderia fazer por ela. A resposta: sem preliminares. Quero que você me escute, simplesmente.
Então ela começou a se despir como nunca havia feito antes.
Primeiro tirou a máscara: "Eu tenho feito de conta que você não me interessa muito, mas não é verdade. Você é a pessoa mais especial que já conheci. Não por ser bonito ou por pensar como eu sobre tantas coisas, mas por algo maior e mais profundo do que aparência e afinidade. Ser correspondida é o que menos me importa no momento: preciso dizer o que sinto".
Então ela desfez-se da arrogância: "Nem sei com que pernas cheguei até sua casa, achei que não teria coragem. Mas agora que estou aqui, preciso que você saiba que cada música que toca é com você que ouço, cada palavra que leio é com você que reparto, cada deslumbramento que tenho é com você que sinto. Você está entranhado no que sou, virou parte da minha história."
Era o pudor sendo desabotoado: "Eu beijo espelhos, abraço almofadas, faço carinho em mim mesma tendo você no pensamento, e mesmo quando as coisas que faço são menos importantes, como ler uma revista ou lavar uma meia, é em sua companhia que estou".
Retirava o medo: "Eu não sou melhor ou pior do que ninguém, sou apenas alguém que está aprendendo a lidar com o amor, sinto que ele existe, sinto que é forte e sinto que é aquilo que todos procuram. Encontrei".
Por fim, a última peça caía, deixando-a nua
"Eu gostaria de viver com você, mas não foi por isso que vim. A intenção é unicamente deixá-lo saber que é amado e deixá-lo pensar a respeito, que amor não é coisa que se retribua de imediato, apenas para ser gentil. Se um dia eu for amada do mesmo modo por você, me avise que eu volto, e a gente recomeça de onde parou, paramos aqui".
E saiu do apartamento sentindo-se mais mulher do que nunca."
Martha Medeiros
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Amar com aflição...
Como eu escrevi no post anterior, ando numa fase "Vander Lee".
Gosto muito de suas músicas e ultimamente ele tem sido meu maior companheiro.
Em uma de suas letras "ESPERANDO AVIÕES" (uma música inclusive que já postei aqui), ele fala sobre um amor talvez não correspondido ou sobre duas pessoas que não estão mais juntas por algum motivo e mostra o "desespero", a aflição de uma das partes por não ter esta pessoa ao lado.
É uma letra muito triste porém muito poética.
A música pode ser interpretada por uma mesma pessoa de diversas maneiras e neste momento me chamou atenção nesta letra a parte em que ele fala "VOCÊ ME AMOU DE UM JEITO TÃO AFLITO".
Não sei se vocês já amaram assim alguma vez na vida mas afirmo categoricamente que não é bom!
Amar com aflição é desesperador. Você não quer que o momento passe embora você saiba que vai passar, você não quer que o dia acabe, você não quer que a próxima hora chegue, aliás tudo o que você mais quer é congelar o momento em que se está com aquela pessoa pois você não sabe se ele acontecerá novamente...
Tudo o que você mais quer é guarda-la num potinho só para você e isso não é possível...
A grande verdade, é que aquele é o momento mais feliz e esperado da sua vida e você não quer que ele passe, por isso tamanha aflição! É uma mistura de gozo e pânico ao mesmo tempo.
É literalmente amar como se não houvesse amanhã e isso é angustiante demais!
É bem verdade que não sabemos ao certo se o amanhã chegará, mas é preciso viver pelo menos com a esperança de que se ele chegar estaremos bem, em paz e ao lado de quem amamamos. Também sei que não temos como prever se aquele relacionamento será eterno, mas você sabe quando a vida a dois está caminhando para frente ou para trás, isso é possível prever e se estiver retrocendo a "incerteza do amanhã" não é algo que te pegará de surpresa...
O ruim é a dúvida, a falta do saber se sim ou não.
Não sei se estou conseguindo ser clara! Espero que sim...
Enfim, bom mesmo é amar e ser amado e correspondido! No mesmo exato momento...
A grande verdad, é que o amor só é bom quando acontece para ambas as partes simultaneamente, caso contrário, você está fadado a levar uma vida de pura aflição.
Quando bate aquela vontade de morar no interior do seu interior...
Essa semana ando na maior fase "Vander Lee" e quando estou assim sai de baixo!
Primeiro espero por aviões que nunca irão pousar, depois decido cuidar do meu jardim, porém de ontem para hoje e especialmente hoje eu só gostaria de morar no interior do meu interior...
Sabe aquele esconderijo onde só você conhece?
Um lugar que você sabe que encontrará paz e que ninguém pode ter acesso...
Pois é, esse lugar existe e fica lá, bem no íntimo do nosso íntimo.
Um lugar onde é possível chorar a vontade sem ter que dar explicações do porque de estar chorando,
Um lugar onde podemos fechar os olhos e ficar ali parados, quietinhos e encolhidinhos sem que nosso silêncio incomode,
Um lugar que buscamos para ficarmos "a sós conosco mesmo",
Um lugar de certeza de paz e também total e absoluto acesso a Deus...
Sim, pois Ele, somente Ele consegue estar presente nos lugares mais ermos e desconhecidos pois Ele habita no nosso íntimo e por isso, ninguém melhor do que Deus para nos ouvir, compreender, acolher, cuidar de nós e não nos julgar.
Tem uma "oração" do Vander Lee que fala exatamente sobre isso, sobre uma solidão proposital e necessária.
"Sair chegar lá fora e encontrar alguém
Que não me dissesse nada
Não me perguntasse nada também
Que me oferecesse um colo ou um ombro
Onde eu desaguasse todo desengano"
"Sabe o que eu mais quero agora, meu amor?
Morar no interior do meu interior"
"Meu amor...
Deixa eu chorar até cansar
Me leve pra qualquer lugar
Aonde Deus possa me ouvir"
Hoje eu estou assim querendo ir para qualquer lugar onde DEUS possa me ouvir...
Nessas horas, só DEUS!!!
Onde Deus Possa Me Ouvir...
"Sabe o que eu queria agora, meu bem...?
Sair chegar lá fora e encontrar alguém
Que não me dissesse nada
Não me perguntasse nada também
Que me oferecesse um colo ou um ombro
Onde eu desaguasse todo desengano
Mas a vida anda louca
As pessoas andam tristes
Meus amigos são amigos de ninguém.
Sabe o que eu mais quero agora, meu amor?
Morar no interior do meu interior
Pra entender porque se agridem
Se empurram pro abismo
Se debatem, se combatem sem saber
Meu amor...
Deixa eu chorar até cansar
Me leve pra qualquer lugar
Aonde Deus possa me ouvir
Minha dor...
Eu não consigo compreender
Eu quero algo pra beber
Me deixe aqui pode sair.
Adeus..."
Composição: Vander Lee
Sair chegar lá fora e encontrar alguém
Que não me dissesse nada
Não me perguntasse nada também
Que me oferecesse um colo ou um ombro
Onde eu desaguasse todo desengano
Mas a vida anda louca
As pessoas andam tristes
Meus amigos são amigos de ninguém.
Sabe o que eu mais quero agora, meu amor?
Morar no interior do meu interior
Pra entender porque se agridem
Se empurram pro abismo
Se debatem, se combatem sem saber
Meu amor...
Deixa eu chorar até cansar
Me leve pra qualquer lugar
Aonde Deus possa me ouvir
Minha dor...
Eu não consigo compreender
Eu quero algo pra beber
Me deixe aqui pode sair.
Adeus..."
Composição: Vander Lee
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Dois em um...
"No espelho, olho os seus olhos nos olhos meus
Seus braços nos meus braços nossos abraços
Seus cabelos nos meus cabelos somos dois eus
Num só corpo e num único espaço dos espaços!
Sou você, sou eu, sou ele, sou ela e aos poucos
Pela cerca, picada, do circo emana meu ego artista
E se vê com você ao lado e de lado: dois loucos,
Com paixão, numa intensa compaixão intimista,
Renderem-se em pranto, sem encanto num canto
Sonhos, pesadelos. Uma verdade. Na inverdade
das imagens a sobreposição e sem posição sobre!
Novos e novas, velhos e velhas virgens em manto
Envolto de um amor platônico e sem alteridade.
Sou eu, sou você, sou eu sem você: Um ser podre!!"
Ademar Oliveira de Lima
http://ramedaol.blogspot.com/2009/05/dois-em-um.html#comment-form
deapereira disse...
Professor Ademar,
Sempre choro com seus escritos e esse em particular me tocou profundamente mais do que todos.
Já vivi algo muito parecido com isso. Escrevi isso no pior sentido da palavra...um isso perjorativo mesmo.
Não acredito mais nesse tipo de amor pois ele fere e machuca demais!
Suas palavras são lindas e poéticas porém a realidade é bem diferente...
Só queria entender porque o ser humano ao descobrir que o amor de outro alguém se aproveita disso.
Se eu sei que alguém me ama eu procuro tratar essa pessoa da melhor maneira possível...
Nem sempre se pode corresponder, eu sei disso, mas pode-se respeitar. Aliás, as pessoas que nos amam deveriam ser mais respeitadas do que tudo pois são elas que se preocupam, são elas que cuidam de nós... não é verdade?!?
Então porque as pessoas aproveitam para pisar, maltratar, caçoar e ferir mais ainda quando não corresponde tal amor?
Me desculpe professor...
Estou muito decepcionada com o ser humano e com a vida!
Ultimamente tenho visto tudo muito cinza...
Um grande beijo e parabéns pelas belíssimas palavras mesmo assim, pois no fundo eu não consigo deixar de acreditar na força do amor...
Infelizmente não consigo...
17 de Maio de 2009 21:07
Seus braços nos meus braços nossos abraços
Seus cabelos nos meus cabelos somos dois eus
Num só corpo e num único espaço dos espaços!
Sou você, sou eu, sou ele, sou ela e aos poucos
Pela cerca, picada, do circo emana meu ego artista
E se vê com você ao lado e de lado: dois loucos,
Com paixão, numa intensa compaixão intimista,
Renderem-se em pranto, sem encanto num canto
Sonhos, pesadelos. Uma verdade. Na inverdade
das imagens a sobreposição e sem posição sobre!
Novos e novas, velhos e velhas virgens em manto
Envolto de um amor platônico e sem alteridade.
Sou eu, sou você, sou eu sem você: Um ser podre!!"
Ademar Oliveira de Lima
http://ramedaol.blogspot.com/2009/05/dois-em-um.html#comment-form
deapereira disse...
Professor Ademar,
Sempre choro com seus escritos e esse em particular me tocou profundamente mais do que todos.
Já vivi algo muito parecido com isso. Escrevi isso no pior sentido da palavra...um isso perjorativo mesmo.
Não acredito mais nesse tipo de amor pois ele fere e machuca demais!
Suas palavras são lindas e poéticas porém a realidade é bem diferente...
Só queria entender porque o ser humano ao descobrir que o amor de outro alguém se aproveita disso.
Se eu sei que alguém me ama eu procuro tratar essa pessoa da melhor maneira possível...
Nem sempre se pode corresponder, eu sei disso, mas pode-se respeitar. Aliás, as pessoas que nos amam deveriam ser mais respeitadas do que tudo pois são elas que se preocupam, são elas que cuidam de nós... não é verdade?!?
Então porque as pessoas aproveitam para pisar, maltratar, caçoar e ferir mais ainda quando não corresponde tal amor?
Me desculpe professor...
Estou muito decepcionada com o ser humano e com a vida!
Ultimamente tenho visto tudo muito cinza...
Um grande beijo e parabéns pelas belíssimas palavras mesmo assim, pois no fundo eu não consigo deixar de acreditar na força do amor...
Infelizmente não consigo...
17 de Maio de 2009 21:07
sábado, 16 de maio de 2009
Definições...
"Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.
Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta
um capítulo.
Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.
Preocupação é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu sair de seu pensamento.
Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa.
Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára.
Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.
Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista.
Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora.
Ansiedade é quando sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja.
Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.
Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.
Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.
Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.
Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.
Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros.
Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente mas, geralmente, não podia.
Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.
Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.
Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.
Paixão é quando apesar da palavra ¨perigo¨ o desejo chega e entra.
Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado.
Não... Amor é um exagero... também não.
Um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego?
Talvez porque não tenha sentido, talvez porque não tenha explicação,
Esse negócio de amor, não sei explicar."
Mario Prata
Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta
um capítulo.
Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.
Preocupação é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu sair de seu pensamento.
Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa.
Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára.
Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.
Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista.
Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora.
Ansiedade é quando sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja.
Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.
Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.
Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.
Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.
Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.
Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros.
Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente mas, geralmente, não podia.
Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.
Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.
Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.
Paixão é quando apesar da palavra ¨perigo¨ o desejo chega e entra.
Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado.
Não... Amor é um exagero... também não.
Um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego?
Talvez porque não tenha sentido, talvez porque não tenha explicação,
Esse negócio de amor, não sei explicar."
Mario Prata
terça-feira, 12 de maio de 2009
Palavras sábias de alguém especial...
"È doloroso a dor de perder, mas é glorioso a vitória de se superar..."
Preciso superar mas não enxergo a luz no fim do túnel...
D. Lúcia, usei as palavras que a Sra. escreveu num post da Biu.
Está difícil superar tantas coisas ao mesmo tempo, será que eu consigo?
Hoje ouvi que sou uma leoa. Eu só queria ser uma joaninha, porém ser cheia de esperança, mesmo com aquele tamaninho...
Um beijo em todas
Preciso superar mas não enxergo a luz no fim do túnel...
D. Lúcia, usei as palavras que a Sra. escreveu num post da Biu.
Está difícil superar tantas coisas ao mesmo tempo, será que eu consigo?
Hoje ouvi que sou uma leoa. Eu só queria ser uma joaninha, porém ser cheia de esperança, mesmo com aquele tamaninho...
Um beijo em todas
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Não Vá Ainda...
"O que você quer?
O que você sabe?
Não é fácil prá mim
Meu fogo também me arde
Às vezes
Me vejo tão triste...
Onde você vai?
Não é tão simples assim
Porque às vezes
Meu coração não responde
Só se esconde e dói...
Por favor não vá ainda
Espera anoitecer
A noite é linda
Me espera adormecer
Não vá ainda
Não, não vá ainda...
Me diga como você pode
Viver indo embora
Sem se despedaçar
Por favor me diga agora
Ou será!
Que você nem quer perceber?
Talvez você
Seja feliz sem saber...
Por favor não vá ainda
Espera anoitecer
A noite é linda
Me espera adormecer
Não vá ainda
Não, não vá ainda...
Por favor não vá ainda
Espera anoitecer
A noite é linda
Me espera adormecer
Não vá ainda
Espera anoitecer..."
Composição: Christian Oyens / Zélia Duncan
O que você sabe?
Não é fácil prá mim
Meu fogo também me arde
Às vezes
Me vejo tão triste...
Onde você vai?
Não é tão simples assim
Porque às vezes
Meu coração não responde
Só se esconde e dói...
Por favor não vá ainda
Espera anoitecer
A noite é linda
Me espera adormecer
Não vá ainda
Não, não vá ainda...
Me diga como você pode
Viver indo embora
Sem se despedaçar
Por favor me diga agora
Ou será!
Que você nem quer perceber?
Talvez você
Seja feliz sem saber...
Por favor não vá ainda
Espera anoitecer
A noite é linda
Me espera adormecer
Não vá ainda
Não, não vá ainda...
Por favor não vá ainda
Espera anoitecer
A noite é linda
Me espera adormecer
Não vá ainda
Espera anoitecer..."
Composição: Christian Oyens / Zélia Duncan
A Medida Da Paixão...
"É como se a gente
Não soubesse
Prá que lado foi a vida
Por que tanta solidão?
E não é a dor
Que me entristece
É não ter uma saída
Nem medida na paixão...
Foi!
O amor se foi perdido
Foi tão distraído
Que nem me avisou
Foi!
O amor se foi calado
Tão desesperado
Que me machucou...
É como se a gente
Pressentisse
Tudo que o amor não disse
Diz agora essa aflição
E ficou o cheiro pelo ar
Ficou o medo de ficar
Vazio demais meu coração...
Foi!
O amor se foi perdido
Foi tão distraído
Que nem me avisou
Nem me avisou!
Foi!
O amor se foi calado
Tão desesperado
Que me maltratou..."
Lenine
Composição: Lenine/dudu Falção
Não soubesse
Prá que lado foi a vida
Por que tanta solidão?
E não é a dor
Que me entristece
É não ter uma saída
Nem medida na paixão...
Foi!
O amor se foi perdido
Foi tão distraído
Que nem me avisou
Foi!
O amor se foi calado
Tão desesperado
Que me machucou...
É como se a gente
Pressentisse
Tudo que o amor não disse
Diz agora essa aflição
E ficou o cheiro pelo ar
Ficou o medo de ficar
Vazio demais meu coração...
Foi!
O amor se foi perdido
Foi tão distraído
Que nem me avisou
Nem me avisou!
Foi!
O amor se foi calado
Tão desesperado
Que me maltratou..."
Lenine
Composição: Lenine/dudu Falção
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Na Sua Estante...
"Te vejo errando e isso não é pecado,
Exceto quando faz outra pessoa sangrar
Te vejo sonhando e isso dá medo
Perdido num mundo que não dá pra entrar
Você está saindo da minha vida
E parece que vai demorar
Se não souber voltar ao menos mande notícias
Cê acha que eu sou louca
Mas tudo vai se encaixar
Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
Você tá sempre indo e vindo, tudo bem
Dessa vez eu já vesti minha armadura
E mesmo que nada funcione
Eu estarei de pé, de queixo erguido
Depois você me vê vermelha e acha graça
Mas eu não ficaria bem na sua estante
Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
Só por hoje não quero mais te ver
Só por hoje não vou tomar minha dose de você
Cansei de chorar feridas que não se fecham, não se
curam
E essa abstinência uma hora vai passar..."
Composição: Pitty
Exceto quando faz outra pessoa sangrar
Te vejo sonhando e isso dá medo
Perdido num mundo que não dá pra entrar
Você está saindo da minha vida
E parece que vai demorar
Se não souber voltar ao menos mande notícias
Cê acha que eu sou louca
Mas tudo vai se encaixar
Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
Você tá sempre indo e vindo, tudo bem
Dessa vez eu já vesti minha armadura
E mesmo que nada funcione
Eu estarei de pé, de queixo erguido
Depois você me vê vermelha e acha graça
Mas eu não ficaria bem na sua estante
Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu
Só por hoje não quero mais te ver
Só por hoje não vou tomar minha dose de você
Cansei de chorar feridas que não se fecham, não se
curam
E essa abstinência uma hora vai passar..."
Composição: Pitty
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