quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Despedida...

"Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente,
seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro,
com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva,
já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel.

A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.

A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços,
a dor de virar desimportante para o ser amado.

Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida:
a dor de abandonar o amor que sentíamos.
A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre,
sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também…

Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.
Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.
É que, sem se darem conta, não querem se desprender.
Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir,
lembrança de uma época bonita que foi vivida…
Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual
a gente se apega. Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis,
mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo,
que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar.

É uma dor mais amena, quase imperceptível.
Talvez, por isso, costuma durar mais do que a ‘dor-de-cotovelo’ propriamente dita. É uma dor que nos confunde.
Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos
deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por
ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: “Eu amo, logo existo”.

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente…
E só então a gente poderá amar, de novo."


Martha Medeiros


Abrir mão ou soltar amarras de algo q marcou a alma é complexo...
Não é fácil! Muita disciplina, muito esforço e MUUUITA força de vontade! O desapego precisa ser praticado DIARIAMENTE!!!
Sinceramente? Nem sei se é possível apagar algo que foi tão profundo, porém é possível varrê-lo para debaixo do tapete e deixá-lo lá esquecido...
Se vale um conselho, digo a vcs tb que só abram seus corações para pessoas maduras e adultas.
Um amor não correspondido é ruim, porém mais doloroso e humilhante ainda é demonstrar seus sentimentos para um egocêntrico babaca e ele no lugar de te respeitar, te pisar como se vc fosse um inseto.
Sempre digo: Ninguém é obrigado a te amar! Porém respeito ao próximo é obrigação e dever de todos nós! Ainda mais se o outro sente algo especial por nós, aí mesmo que o cuidado deveria ser dobrado!
DIGO E REPITO: NÃO ESTOU FALANDO DE REPROCIDADE NO AMOR, ESTOU FALANDO DE RESPEITO!
UFA! Mil desculpas pelo desabafo! Infelizmente, minha experiência foi bem traumática...


"Chega um dia, que a gente simplesmente muda. Os sentimentos acabam e o coração faz novas escolhas."

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