E agora que eu tenho certeza que você não é ‘aquele’, eu me descubro cagando um monte pra tudo isso.
Porque você não é perfeito, mas o cara dos meus sonhos não tem o desenho da sua boca: com mais tinta do que contorno.
O homem perfeito é um puta de um chato com seus cds cults e cartazes de filmes europeus pela sala. Você com aquele seu vinil incansável do Bob Marley é muito divertido, porque a gente briga até não agüentar mais por causa dele e depois faz as pazes transando do nosso jeito.
Porque o homem perfeito é cheio de estripulias sexuais, mas eu detesto estripulias e adoro nosso jeito intenso de se amar cheio de inconformismos com a intensidade.
Eu sonhei sim com esse cara, que me levaria tomar sopas quentinhas em lugares com jazz e olharia para mim a noite toda achando que maior diversão no mundo não poderia haver.
Mas você com essa sua mania de encher de amigos as pizzarias e soltar um ou outro “irado” me faz te odiar tanto e querer tanto a sua atenção. E me faz querer tanto você daqui a pouco, porque você não enjoa. Você me cansa demais mas não enjoa.
E quando você me cansa eu enfio a minha cabeça no fortinho do seu peito, eu que sempre odiei os malhados, e peço a Deus para que eu nunca desista de te odiar tanto assim, porque não pode existir ódio mais cheio de borboletas, notas musicais e passarinhos azuis.
Eu quero sim te matar, porque você tem uma mania surda de responder todas as minhas perguntas com um “ãhhh?” enjoado, e eu quero te socar porque você já descobriu tudo o que me irrita e gosta de me ver assim. Mas quando qualquer outra coisa no mundo me irrita, eu lembro que eu tenho você pra me fazer sentir essa raiva nossa de sitcom inteligente.
E sua cara de sonso despretensioso para a vida, enquanto eu coleciono rugas, berros e inchaços. A sua cara de que “não é comigo” vai muito bem com a minha máscara da agressividade que acredita que tudo é comigo.
E o homem perfeito tem um beijo profundo e ritmado, que de tão melado e encaixável me deixa saciada de um jeito que encerra o meu desejo. E você tem um jeito caótico de me beijar meio burro, porque se eu vou para um lado, você vai para o mesmo. E é nesta única hora em que você não deveria concordar comigo, que você concorda.
E eu nunca me dou por satisfeita, e acabo achando que a gente ainda nem deu o nosso primeiro beijo, o que me causa uma ansiedade de paixão inicial que não deixa o peito relaxar.
E o homem das minhas ilusões me deixaria relaxar numa enorme cama amorosa, e acordaria inúmeras vezes para me ver dormir abraçada a toda a certeza que ele me daria com apenas um segundo de olhar.
É cansativo viver sem vírgulas porque eu respiro a sua existência 24 horas por dia, e só coloco vírgulas teatrais para você não enjoar de mim.
Te amar não é fácil, é quase o anti-amor. É muito quase como se você nem existisse, porque só o homem perfeito mereceria tanto sentimento. E eu te anulo o tempo todo dizendo para mim, repetindo para mim, o quanto você falha, o quanto você fraqueja, o quanto você se engana.
E fazendo isso, eu só consigo te amar mais ainda.
E a gente vai por aí, se completando assim meio torto mesmo. E Deus escrevendo certo pelas nossas linhas que se não fossem tão tortas, não teriam se cruzado.
Tati Bernardi
"Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando..." (Clarice Lispector)
sábado, 16 de janeiro de 2010
Triz...
"Eu quase consegui abraçar alguém semana passada. Por um milésimo de segundo eu fechei os olhos e senti meu peito esvaziado de você. Foi realmente quase. Acho que estou andando pra frente. Ontem ri tanto no jantar, tanto que quase fui feliz de novo. Ouvi uma história muito engraçada sobre uma diretora de criação maluca que fez os funcionários irem trabalhar de pijama. Mas aí lembrei, no meio da minha gargalhada, como eu queria contar essa história para você. E fiquei triste de novo.
Hoje uma pessoa disse que está apaixonada por mim. Quem diria? Alguém gosta de mim. E o mais louco de tudo nem é isso. O mais louco de tudo é que eu também acho que gosto dele. Quase consigo me animar com essa história, mas me animar ou gostar de alguém me lembra você. E fico triste novamente.
Eu achei que quando passasse o tempo, eu achei que quando eu finalmente te visse tão livre, tão forte e tão indiferente, eu achei que quando eu sentisse o fim, eu achei que passaria. Não passa nunca, mas quase passa todos os dias.
Chorar deixou de ser uma necessidade e virou apenas uma iminência. Sofrer deixou de ser algo maior do que eu e passou a ser um pontinho ali, no mesmo lugar, incomodando a cada segundo, me lembrando o tempo todo que aquele pontinho é um resto, um quase não pontinho. Você, que já foi tudo e mais um pouco, é agora um quase. Um quase que não me deixa ser inteira em nada, plena em nada, tranqüila em nada, feliz em nada.
Todos os dias eu quase te ligo, eu quase consigo ser leve e te dizer: “Ei, não quer conhecer minha casa nova?” Eu quase consigo te tratar como nada. Mas aí quase desisto de tudo, quase ignoro tudo, quase consigo, sem nenhuma ansiedade, terminar o dia tendo a certeza de que é só mais um dia com um restinho de quase e que um restinho de quase, uma hora, se Deus quiser, vira nada. Mas não vira nada nunca.
Eu quase consegui te amar exatamente como você era, quase. E é justamente por eu nunca ter sido inteira pra você que meu fim de amor também não consegue ser inteiro.
Eu quase não te amo mais, eu quase não te odeio, eu quase não odeio aquela foto com aquelas garotas, eu quase não morro com a sua presença, eu quase não escrevo esse texto.
O problema é que todo o resto de mim que sobra, tirando o que quase sou, não sei quem é."
Tati Bernardi
Hoje uma pessoa disse que está apaixonada por mim. Quem diria? Alguém gosta de mim. E o mais louco de tudo nem é isso. O mais louco de tudo é que eu também acho que gosto dele. Quase consigo me animar com essa história, mas me animar ou gostar de alguém me lembra você. E fico triste novamente.
Eu achei que quando passasse o tempo, eu achei que quando eu finalmente te visse tão livre, tão forte e tão indiferente, eu achei que quando eu sentisse o fim, eu achei que passaria. Não passa nunca, mas quase passa todos os dias.
Chorar deixou de ser uma necessidade e virou apenas uma iminência. Sofrer deixou de ser algo maior do que eu e passou a ser um pontinho ali, no mesmo lugar, incomodando a cada segundo, me lembrando o tempo todo que aquele pontinho é um resto, um quase não pontinho. Você, que já foi tudo e mais um pouco, é agora um quase. Um quase que não me deixa ser inteira em nada, plena em nada, tranqüila em nada, feliz em nada.
Todos os dias eu quase te ligo, eu quase consigo ser leve e te dizer: “Ei, não quer conhecer minha casa nova?” Eu quase consigo te tratar como nada. Mas aí quase desisto de tudo, quase ignoro tudo, quase consigo, sem nenhuma ansiedade, terminar o dia tendo a certeza de que é só mais um dia com um restinho de quase e que um restinho de quase, uma hora, se Deus quiser, vira nada. Mas não vira nada nunca.
Eu quase consegui te amar exatamente como você era, quase. E é justamente por eu nunca ter sido inteira pra você que meu fim de amor também não consegue ser inteiro.
Eu quase não te amo mais, eu quase não te odeio, eu quase não odeio aquela foto com aquelas garotas, eu quase não morro com a sua presença, eu quase não escrevo esse texto.
O problema é que todo o resto de mim que sobra, tirando o que quase sou, não sei quem é."
Tati Bernardi
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Periférico...*
(...)
"Eu nunca aceitei a simplicidade do sentimento. Eu sempre quis entender de onde vinha tanta loucura, tanta emoção. Eu nunca respeitei sua banalidade, nunca entendi como pude ser tão escrava de uma vida que não me dizia nada, não me aquietava em nada, não me preenchia, não me planejava, não me findava.
Nós éramos sem começo, sem meio, sem fim, sem solução, sem motivo.
...Não sinto saudades do seu amor, ele nunca existiu, nem sei que cara ele teria, nem sei que cheiro ele teria. Não existiu morte para o que nunca nasceu....
....Sinto falta da perdição involuntária que era congelar na sua presença tão insignificante. Era a vida se mostrando mais poderosa do que eu e minhas listas de certo e errado. Era a natureza me provando ser mais óbvia do que todas as minhas crenças. Eu não mandava no que sentia por você, eu não aceitava, não queria e, ainda assim, era inundada diariamente por uma vida trezentas vezes maior que a minha. Eu te amava por causa da vida e não por minha causa. E isso era lindo. Você era lindo.
Simplesmente isso. Você, a pessoa que eu ainda vejo passando no corredor e me levando embora, responsável por todas as minhas manhãs sem esperança, noites sem aconchego, tardes sem beleza....
....sinto falta de quando a imensa distância ainda me deixava te ver do outro lado da rua, passando apressado com seus ombros perfeitos. Sinto falta de lembrar que você me via tanto, que preferia fazer que não via nada. Sinta falta da sua tristeza, disfarçada em arrogância, em não dar conta, em não ter nem amor, nem vida, nem saco, nem músculos, nem medo, nem alma suficientes para me reter.
Prometi não tentar entender e apenas sentir, sentir mais uma vez, sentir apenas a falta de lamber suas coxas, a pele lisa, o joelho, a nuca, o umbigo, a virilha, as sujeiras. Sinto falta do mistério que era amar a última pessoa do mundo que eu amaria."
Tati Bernardi
* O texto completo você encontra em www.tatibernardi.com.br, arquivo 2006.
"Eu nunca aceitei a simplicidade do sentimento. Eu sempre quis entender de onde vinha tanta loucura, tanta emoção. Eu nunca respeitei sua banalidade, nunca entendi como pude ser tão escrava de uma vida que não me dizia nada, não me aquietava em nada, não me preenchia, não me planejava, não me findava.
Nós éramos sem começo, sem meio, sem fim, sem solução, sem motivo.
...Não sinto saudades do seu amor, ele nunca existiu, nem sei que cara ele teria, nem sei que cheiro ele teria. Não existiu morte para o que nunca nasceu....
....Sinto falta da perdição involuntária que era congelar na sua presença tão insignificante. Era a vida se mostrando mais poderosa do que eu e minhas listas de certo e errado. Era a natureza me provando ser mais óbvia do que todas as minhas crenças. Eu não mandava no que sentia por você, eu não aceitava, não queria e, ainda assim, era inundada diariamente por uma vida trezentas vezes maior que a minha. Eu te amava por causa da vida e não por minha causa. E isso era lindo. Você era lindo.
Simplesmente isso. Você, a pessoa que eu ainda vejo passando no corredor e me levando embora, responsável por todas as minhas manhãs sem esperança, noites sem aconchego, tardes sem beleza....
....sinto falta de quando a imensa distância ainda me deixava te ver do outro lado da rua, passando apressado com seus ombros perfeitos. Sinto falta de lembrar que você me via tanto, que preferia fazer que não via nada. Sinta falta da sua tristeza, disfarçada em arrogância, em não dar conta, em não ter nem amor, nem vida, nem saco, nem músculos, nem medo, nem alma suficientes para me reter.
Prometi não tentar entender e apenas sentir, sentir mais uma vez, sentir apenas a falta de lamber suas coxas, a pele lisa, o joelho, a nuca, o umbigo, a virilha, as sujeiras. Sinto falta do mistério que era amar a última pessoa do mundo que eu amaria."
Tati Bernardi
* O texto completo você encontra em www.tatibernardi.com.br, arquivo 2006.
sábado, 9 de janeiro de 2010
Tempo é algo que não volta...
Tempo é algo que só tomamos ciência do seu real significado quando passa existir a possibilidade do "nunca mais".
TEMPO É ALGO QUE NÃO VOLTA!!!
Nossa! Se eu tivesse noção do significado dessa frase eu teria feito tanta coisa diferente na minha vida!
Teria te aproveitado mais...
Teria brigado menos...
Teria aberto mão de sair só para ficar mais tempo contigo...
Teria cuidado mais do Sr e menos de mim...
Teria tirado seu sapato mais vezes...
Teria cuidado da sua pele muito mais...
Teria te abraçado mais...
Teria te beijado mais...
Teria ficado mais no seu colo...
Teria comido diariamente meu prato predileto só para te ver de avental como fez tantas vezes quando era pequeninha...
Pra dizer a verdade, hoje se eu tivesse noção do significado da palavra TEMPO, eu nem teria crescido...
Queria muito poder fazer alguma coisa que efetivamente nos dê mais tempo porque tudo o que tenho feito parece que não está adiantando...
Segunda-feira foi a pior notícia de todas a notícias que já recebi depois da descoberta da sua doença e não estou conseguindo mais ser aquela Andréa que há três anos tem conseguido manter o "equilíbrio", a fé e a esperança...
Estou muito triste! Muito mesmo!
Só queria poder voltar e fazer tudo diferente...
Queria ter sido alguém importante para poder divulgar aos quatro cantos como é ser sua filha!
Poder divulgar para as pessoas que pode existir uma pai tão maravilhos como o Sr. é, mais que NÃO EXISTE e nem NUNCA vai existir pai melhor do que o Sr.
Meu amigo! Meu companheiro! Meu cúmplice!
Eu não quero te perder...
Eu sei que essa é a lei natural da vida, mais eu preciso de mais tempo.
Agora não... ainda não...
Eu sei que o Sr. está aqui, vivo e lutando, mais estou muito assustada e com muito medo!!!
O Sr. NUNCA vai saber disso! Mais estou sofrendo muito!!!
Escrever pra mim é um alívio e além disso, de uma certa forma, me conforma dividir a minha dor com meus amigos e também me faz sentir bem registrar e deixar que as pessoas saibam que o Sr. é o meu amor maior.
Que abaixo do Sr. Deus, só o Sr.
Não sou muito boa com palavras, me sinto melhor escrevendo. Talvez seja esta a explicação por textos tão longos...
Eu preciso chorar tudo o que tenho para chorar agora que estou no meu "mundo" porque depois de falar com Deus, é aqui que eu deposito todas as minhas angústias e medos.
E depois como num passe de mágica, na sua presença, tudo parece voltar ao normal!
Sabe pai, as vezes acho que não falei o suficiente, o quanto EU TE AMO e o quanto EU SOU GRATA por tudo o que fez por mim e faz...
Tenho vontade de fazer todo momento, todo instante, só para o Sr. saber o quanto é fundamental na minha vida...
Queria poder te dar a exata noção de tudo o que o Sr. representa pra mim. Será que o sabe???
Eu te amo tanto!!!
Com amor da sua única filha...
Gente, meu pai está vivo. Há três anos estamos lutando contra um câncer. Na segunda-feira nós descobrimos que o câncer se espalhou para os ossos.
Apesar desse texto ser bastante doloroso, eu gostaria de dizer que a nossa fé é inabalável!
É inevitável não doer... sou humana!
Mais a nossa guerra só está começando! Deus é com o meu pai. EU NÃO TENHO DÚVIDAS!!!
Meu pai é um homem temente a Deus! Serve ao Sr. desde que eu tenho 3 anos de idade. Estou com 34 anos e no dia 30 de Janeiro completarei 35, ou seja, são 32 anos que ele é servo.
Nosso Deus, é um Deus de milagres! É um Deus de Maravilhas! É um Deus Justo e fiel!
Eu creio na vitória do meu pai!
Parece loucura eu sei! Mais as coisas de Deus não são para serem compreendidas por mim, por você ou por qualquer homem desta terra.
A vontade de Deus é e será sempre um mistério para todos nós!
O que nos resta é a fé! E estamos nela!!!
Essa foi a maior herança que esse homem chamado Geraldo poderia ter deixado pra mim. A fé!
Dentro do meu coração só sinto gratidão por ter tido a oportunidade de ter a família que eu tive e tenho. Vocês não fazem idéia!
Meus pais são lindos!
Obrigada Sr. por ter me dado esse privilégio... MUITO OBRIGADA!!!
Essa foi apenas uma forma de mostrar como filha o meu amor, a minha dor e o vazio que vai ficar quando nos separarmos...
Andréa
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Cartas extraviadas...
"Saudade eu tenho do que não nos coube.
Lamento apenas o desconhecimento daquilo que não deu tempo de repartir, você não saboreou meu suor, eu não lhe provei as lágrimas.
É no líquido que somos desvendados.
No gosto das coisas o amor se reconhece.
O meu pior e o seu melhor, ficaram sem ser apresentados."
Martha Medeiros
Lamento apenas o desconhecimento daquilo que não deu tempo de repartir, você não saboreou meu suor, eu não lhe provei as lágrimas.
É no líquido que somos desvendados.
No gosto das coisas o amor se reconhece.
O meu pior e o seu melhor, ficaram sem ser apresentados."
Martha Medeiros
Trecho do filme Divã...
"…Se não era amor, era da mesma família. Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados. A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, só não se sabe se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo. Eu bati a 200 km por hora e estou voltando á pé pra casa, avariada.
Eu sei,não precisa me dizer outra vez. Era uma diversão, uma paixonite, um jogo entre adultos. Telvez este seja o ponto. Talvez eu Não seja adulta o suficiente para brincar tão longe do meu patio, do meu quarto, das minhas bonecas. Onde é que eu estava com a cabeça, de acreditar em contos de fada, de achar que a gente muda o que sente, e que bastaria apertar um botão que as luzes apagariam e eu voltaria a minha vida satisfatória,sem seqüelas, sem registro de ocorrência? Eu não amei aquele cara. Eu tenho certeza que não. Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada.
Não era amor,era uma sorte.
Não era amor, era uma travessura.
Não era amor, eram dois travesseiros.
Não era amor, eram dois celulares desligados.
Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno.
Não era amor, era sem medo.
NÃO ERA AMOR, ERA MELHOR”
Martha Medeiros
Eu sei,não precisa me dizer outra vez. Era uma diversão, uma paixonite, um jogo entre adultos. Telvez este seja o ponto. Talvez eu Não seja adulta o suficiente para brincar tão longe do meu patio, do meu quarto, das minhas bonecas. Onde é que eu estava com a cabeça, de acreditar em contos de fada, de achar que a gente muda o que sente, e que bastaria apertar um botão que as luzes apagariam e eu voltaria a minha vida satisfatória,sem seqüelas, sem registro de ocorrência? Eu não amei aquele cara. Eu tenho certeza que não. Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada.
Não era amor,era uma sorte.
Não era amor, era uma travessura.
Não era amor, eram dois travesseiros.
Não era amor, eram dois celulares desligados.
Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno.
Não era amor, era sem medo.
NÃO ERA AMOR, ERA MELHOR”
Martha Medeiros
Despedida...
Despedida
Novembro 22, 2006 at 11:05 am | In Martha Medeiros | 2 Comments
Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente,
seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro,
com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva,
já que ainda estamos tão embrulhados na dor
que não conseguimos ver luz no fim do túnel.
A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.
A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços,
a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida:
a dor de abandonar o amor que sentíamos.
A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre,
sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também…
Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.
Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.
É que, sem se darem conta, não querem se desprender.
Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir,
lembrança de uma época bonita que foi vivida…
Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual
a gente se apega. Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis,
mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo,
que de certa maneira entranhou-se na gente,
e que só com muito esforço é possível alforriar.
É uma dor mais amena, quase imperceptível.
Talvez, por isso, costuma durar mais do que a ‘dor-de-cotovelo’
propriamente dita. É uma dor que nos confunde.
Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos
deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por
ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos,
que nos colocava dentro das estatísticas: “Eu amo, logo existo”.
Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate de uma história que terminou,
externamente, sem nossa concordância,
mas que precisa também sair de dentro da gente…
E só então a gente poderá amar, de novo.
Martha Medeiros
Novembro 22, 2006 at 11:05 am | In Martha Medeiros | 2 Comments
Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente,
seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro,
com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva,
já que ainda estamos tão embrulhados na dor
que não conseguimos ver luz no fim do túnel.
A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.
A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços,
a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida:
a dor de abandonar o amor que sentíamos.
A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre,
sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também…
Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.
Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.
É que, sem se darem conta, não querem se desprender.
Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir,
lembrança de uma época bonita que foi vivida…
Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual
a gente se apega. Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis,
mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo,
que de certa maneira entranhou-se na gente,
e que só com muito esforço é possível alforriar.
É uma dor mais amena, quase imperceptível.
Talvez, por isso, costuma durar mais do que a ‘dor-de-cotovelo’
propriamente dita. É uma dor que nos confunde.
Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos
deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por
ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos,
que nos colocava dentro das estatísticas: “Eu amo, logo existo”.
É o arremate de uma história que terminou,
externamente, sem nossa concordância,
mas que precisa também sair de dentro da gente…
E só então a gente poderá amar, de novo.
Martha Medeiros
Meu pai heroi...
"O meu pai não tem asas nem capa voadora de verdade, mas me faz voar muito além com suas palavras, seus conselhos, seu afeto, aqueles os quais vou levar sempre comigo em minha grande e longa jornada...
Meu pai tem super poder sim, sabe como me arrancar um sorriso,sabe como me amar de verdade e descobre facilmente meu ponto fraco, conhece a formula de me entender e saber o que eu mais gosto de comer, o que eu mais gosto de fazer.
Meu pai não tem nenhum tipo de escudo nas mãos pra me defender, mas muitas vezes utiliza a sua vida pra fazer isso por mim, está sempre disposto a me dar do melhor que pode.
Mesmo que este melhor custe seu tempo, seu trabalho.
Meu pai não tem hora pra ser meu herói, pois sempre que peço, sempre que estou doente, ele vem em minha busca não se importando com o local, me da suas forças seu sorriso para que o meu surja entre lagrimas e dores.
Meu super-herói é assim me ensina a defender o bem a cultivar o amor e plantar o respeito por onde eu passo, me ensina que seus passos podem ser muito longos quando se existe um pai em nossa trajetória.
Pai-Herói é isso que você é e sempre será em toda minha vida pois caminhar ao seu lado é se sentir protegido, cada beijo, cada palavra, cada gesto que você faz eu te agradeço sempre embora nem sempre manifeste.
Saiba meu herói que você não é apenas um herói no dia de hoje mas um herói pra vida toda.
Eu te amo meu herói"
Laisa Rosinski
Meu pai tem super poder sim, sabe como me arrancar um sorriso,sabe como me amar de verdade e descobre facilmente meu ponto fraco, conhece a formula de me entender e saber o que eu mais gosto de comer, o que eu mais gosto de fazer.
Meu pai não tem nenhum tipo de escudo nas mãos pra me defender, mas muitas vezes utiliza a sua vida pra fazer isso por mim, está sempre disposto a me dar do melhor que pode.
Mesmo que este melhor custe seu tempo, seu trabalho.
Meu pai não tem hora pra ser meu herói, pois sempre que peço, sempre que estou doente, ele vem em minha busca não se importando com o local, me da suas forças seu sorriso para que o meu surja entre lagrimas e dores.
Meu super-herói é assim me ensina a defender o bem a cultivar o amor e plantar o respeito por onde eu passo, me ensina que seus passos podem ser muito longos quando se existe um pai em nossa trajetória.
Pai-Herói é isso que você é e sempre será em toda minha vida pois caminhar ao seu lado é se sentir protegido, cada beijo, cada palavra, cada gesto que você faz eu te agradeço sempre embora nem sempre manifeste.
Saiba meu herói que você não é apenas um herói no dia de hoje mas um herói pra vida toda.
Eu te amo meu herói"
Laisa Rosinski
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